A última pesquisa da Materno Fetal abordou
este tema. 124 mamães responderam e o resultado foi o seguinte:
40,32% responderam que escolheriam o sexo; 50,81% disseram que não e deixariam
a natureza decidir e apenas 8,87% destacaram que nunca pensaram no assunto.
Mas, afinal, será que é possível escolher o sexo do bebê? Encontramos uma reportagem
de Mariana Bueno sobre o tema, que é muito interessante. Vejam:
“O assunto é polêmico. Algumas pessoas são contra a
escolha do sexo e acreditam que tudo deve acontecer da forma mais natural
possível. Já outras, fazem de tudo para escolherem se terão um menininho ou uma
menininha. Os métodos citados vão desde a posição na hora da transa até a data
em que ocorre a fecundação. Mas será que isso influencia realmente?
Segundo a ginecologista especialista em reprodução
humana Rosane Rodrigues, existem vários métodos artesanais para aumentar a
chance de escolher o sexo do bebê, como alimentação, posições sexuais e fases
da lua. “Na verdade o único desses métodos que tem um certo embasamento
científico está relacionado ao período no qual o casal tem relação sexual.
Tecnicamente, o espermatozóide que carrega o cromossomo feminino (X) é mais
resistente, mais lento e molecularmente mais pesado que o cromossomo masculino
(y). Assim, tendo relação sexual antes da ovulação, você aumenta a
probabilidade de ter uma menina (o espermatozóide esperaria pacientemente pelo
óvulo por vir); ou, tendo relação imediatamente após a ovulação, os meninos
chegariam mais rápido e sua chance de ter um filho homem aumenta”, afirma.
Algumas mulheres afirmam ter escolhido o sexo de
seus filhos. Uma delas é a apresentadora Angélica. Mãe de dois meninos, ela
sonhava ter uma menina e revelou em uma entrevista na TV ter tentado de tudo.
“Mas o que deu certo mesmo foi transar dois dias antes da ovulação”, disse.
A ginecologista faz questão de esclarecer que tudo
isso são probabilidades. A única forma 100% segura de escolher o sexo do bebê é
através de Reprodução Assistida. “Na Fertilização in vitro, procedemos a
biópsia dos embriões formados e, no terceiro dia de desenvolvimento, fazemos a
sexagem e só transferimos embriões do sexo desejado”, explica. Esse
procedimento se chama Diagnóstico Pré-Implantacional (PGD) e, eticamente, é
muito discutível.
No Brasil, a Resolução do Conselho Federal de Medicina é
terminantemente contra. “Realizamos a sexagem dos embriões somente naqueles
casos no qual existe indicação absoluta, tal como em doenças hereditárias
ligadas ao sexo”, diz a médica".