A última pesquisa da
Clínica Materno Fetal abordou o uso de células tronco. 21,05% dos
pacientes responderam que não tem conhecimento do uso, 73,68% disseram
que sim e apenas 5,26% que nunca ouviram falar.
O assunto é relativamente
novo entre as mães, porém na medicina vem sendo pesquisado há muito tempo. A decisão de congelar o sangue do
cordão do bebê para poder curá-lo no futuro não é tão fácil. Se quiser, ainda
antes do parto, você deve optar entre doá-lo ao banco público ou guardar no
particular.
No privado, paga-se caro, cerca de 4 mil reais. Mas muitos pais
consideram esse um grande investimento. No entanto, há opções para famílias que
não querem ou não podem desembolsar essa quantia. No banco público é de graça,
mas são poucas as maternidades ligadas a ele e o estoque ainda é pequeno – o
que dificulta as chances de compatibilidade caso seu filho precise.
Mas qual a
razão de nos preocuparmos tanto com algo que antes era simplesmente descartado?
Porque o cordão tem células-tronco que podem ajudar a tratar doenças graves de
origem sanguínea, como a leucemia. Comparadas às células embrionárias, as do
cordão são limitadas – enquanto as primeiras têm potencial para se transformar
em diversos tipos de células e tecidos do organismo, as segundas geram apenas a
espécie de que se originam, isto é, sangue. O problema das embrionárias é a
discussão ética que as envolve – tem quem as considere um ser humano.
Atualmente
congela-se o sangue do cordão umbilical, que tem o mesmo potencial terapêutico
da medula óssea, ou seja, trata doenças relacionadas a cânceres no sangue (onco-hematológicas).
Ele é rico em células-tronco adultas e tem inúmeras vantagens de uso –
inclusive estima-se que tenham substituído um terço dos transplantes de medula
óssea. O processo para retirar o sangue do cordão é indolor e não apresenta
nenhum risco para a mãe ou para o bebê. Como são células novas, não foram
expostas a agentes externos como radiação, poluição, infecções etc.
No caso de
um transplante, as chances de rejeição são menores. Também é mais fácil
encontrar um doador compatível. Encontra-se uma medula óssea compatível a cada
20 mil amostras. No caso do sangue do cordão, esse número cai para um a cada 4
mil.
Fonte:
Pediatria em Foco