sexta-feira, 8 de maio de 2015

Mãe perfeita na sua imperfeição...



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Neste dia, em que os olhos se voltam às mães, em que homenagens se espalham pelos quatro cantos do mundo, em que todos se recordam das mulheres que geram luz, minha menção será diferente. Escreverei sobre as mães imperfeitas, ou, quase perfeitas. Aquelas que, assim como eu, têm o desejo de acertar sempre, mas nem sempre conseguem. 

Penso que toda mãe é perfeita na sua imperfeição. Difícil de explicar? Não! A mãe verdadeira (pois, infelizmente, ainda existem protótipos de mãe, que não se deram conta sobre o seu valioso papel) dá a vida ao filho e, se for preciso, pelo filho. Ou vai me dizer que ao ver seu filho doente, você, muitas vezes, não desejou que a febre e a infecção fossem em você e não nele? 

A mãe verdadeira, perfeita na sua imperfeição, é capaz de se jogar no mar sem saber nadar, para salvar o seu filho que arriscou pular mais algumas ondas. É capaz de virar uma fera ou um gato manso, dependendo da situação, só para proteger a cria. É capaz de assistir aquele desenho animado milhares de vezes para fazer companhia aquele que tanto ama e rir das mesmas cenas, dos mesmos personagens, como se fosse a primeira vez.   

Ver seus seios enormes, jorrando leite, e se achar a mulher mais sexy do mundo. Acordar com olheiras, que maquiagem nenhuma consegue dar jeito, mas se olhar no espelho e ver que a noite em claro valeu a pena.   

A mãe perfeita na sua imperfeição não tem medo de arriscar. Não tem medo de errar. Permite-se fazer novas descobertas. Permite-se aprender e ensinar com o filho, numa intensa troca de experiências. É o jogo da vida. É o jogo do amor. 

Mas, o mais interessante é que neste jogo, entre a mãe perfeita na sua imperfeição e seu filho, ninguém sai perdendo. Todos ganham. E o maior prêmio é saber que na vida, centenas, milhares  de pessoas passarão, mas de apenas uma sairá amor incondicional. 

Entre canções de ninar, conflitos da adolescência, incertezas da vida adulta, a mãe perfeita na sua imperfeição estará  sempre em prontidão. Seja perto ou longe. Pois uma mãe sempre carrega o seu filho consigo, mesmo não estando com ele...


Parabéns, mamães - quase perfeitas! O seu dia é hoje e sempre!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

A princesa e a volta da Maternidade para Casa




 


Neste fim de semana o mundo assistiu ao nascimento de mais uma filha do príncipe Willian, da Inglaterra, e se assustou com o tempo entre o nascimento e a volta para casa de mãe e filha: apenas 10 horas. Muitos perguntaram: isso é possível? O Jornal Folha de São Paulo de hoje exibiu uma matéria bem interessante sobre o assunto, que compartilho com todas vocês. É bem esclarecedora e provoca reflexão sobre mudanças que podem vir a acontecer, uma vez que no Brasil se enfrenta sérios problemas no sistema de saúde.

Por que as mães brasileiras não saem do hospital tão rápido quanto Kate Middleton?

Por Fabiana Futema

A alta médica a jato da duquesa Kate Middleton, mulher do príncipe William, surpreendeu as mães brasileiras, acostumadas a passarem mais tempo no hospital depois de darem à luz. Kate deu entrada no hospital às 6h (horário local) deste sábado, teve o bebê às 8h34 e dez horas depois foi para casa.
Se fosse no Brasil,  Kate teria passado ao menos 48 horas no hospital. Esse é o prazo definido pela portaria 1.016, de 1993, que dispõe também sobre o alojamento conjunto de mãe e filho na maternidade.

“As altas não deverão ser dadas antes de 48 horas, considerando o alto teor educativo inerente ao sistema de ‘Alojamento conjunto’ e, ser este período importante na detecção de patologias neonatais”, diz a portaria.

Aqui, as maternidades costumam dar alta para as mães que tiveram parto normal em 48 horas. Para as que fizeram cesárea, a alta costuma sair em 72 horas.
A pediatra, epidemiologista e coordenadora da Comissão Perinatal e do Movimento BH Pelo Parto Normal, Sônia Lansky, diz que não existe nenhuma evidência cientifica indicando que esses são os prazos adequados de internação depois do parto.“Hospital não é ambiente para bebê saudável e para mãe saudável”, diz Sônia. “Nossa portaria é antiga e muito rígida.”

Segundo ela, essa rigidez acaba causando problemas, como a falta de vagas de maternidades e hospitais. “Aquele bebê saudável, que já poderia ter ido para casa, fica ocupando uma vaga por 48 horas.”

Mas o atendimento das mães inglesas, como Kate, se encerram naquelas poucas horas do hospital? Sônia diz que lá a continuidade do atendimento é feito em casa por uma enfermeira obstetriz. Essa profissional vai até a casa da mulher e verifica as condições gerais da mãe e da criança, o sangramento vaginal e a evolução da amamentação.

Na avaliação de Sônia, há condições para adoção de um sistema semelhante no Brasil. O custo do atendimento domiciliar seria compensado pela redução dos gastos com internações desnecessárias.

Segundo ela, há um grupo dentro do Ministério da Saúde estudando a modificação do prazo de internação. “Esse tempo não seria o mesmo para todas as mulheres. Uma mãe adolescente, cheia de dúvidas, precisa ficar mais tempo no hospital. Já uma mãe de três filhos, que sabe bem como amamentar, ela mesmo quer ir logo para casa.”

Entre as ideias em análise está a redução do prazo mínimo, para parto normal, para 24 horas, após a realização do teste de oxiometria de pulso _conhecido como teste do coraçãozinho.

Vale lembrar que esses prazos mínimos de internação são válidos apenas para mulheres sem complicações médicas no pós-parto.