O nascimento de um bebê
gera mudanças em todos os sentidos. A moradia é uma delas. Aqueles que estão
escolhendo uma opção nesta época podem ficar em dúvida. Para a qualidade de
vida de meu filho, o que é melhor: casa ou apartamento? Contarei minha experiência.
Quando meu filho começou a andar e fazer bagunça, morando em um apartamento,
que embora dispusesse de uma ampla área comum externa de lazer, senti
necessidade de mudar para uma casa. A vizinha do apartamento de baixo, a qual
mantinha um ótimo relacionamento, reclamava do barulho 24 horas por dia. Se ele
brincava no chão, às 10 horas da manhã, ela interfonava. Se ele dava passinhos,
reclamava. E olha que ele era uma criança quietinha, porém a acústica do prédio
era muito comprometedora e talvez o fato de morar sozinha, potencializava tudo.
Resolvemos buscar alternativas de casa,
para que pudéssemos ter mais liberdade. Mas, as opções não atendiam nossas
expectativas e nesse meio tempo, nossa vizinha vendeu o imóvel e a nova
moradora, já alertada por nós mesmos de
que tínhamos uma criança, se posicionou dizendo que não devíamos nos preocupar,
pois ela também tivera filhos pequenos e conhecia o assunto. Problema
resolvido.
Hoje, meu filho está prestes a completar 10 anos e vejo o quanto
morar num condomínio tem feito bem para o desenvolvimento dele. A quadra de
futebol tem sido um espaço de socialização com outras crianças, de muito
aprendizado – e brigas também, é claro. Ele tem autonomia de descer, ir até os
amigos, brincar com segurança, alertado de que não pode sair do portão.
Ele
pode dispor de uma liberdade que, se estivéssemos em uma casa (a não ser em
condomínio fechado)- não conseguiria. Percebi nesse aspecto de que, quando
compramos nosso apartamento, por ainda não ter filhos - não levamos em conta, por exemplo, a quadra poliesportiva
e a área de lazer, afinal só trabalhávamos e apenas chegávamos a noite.
Hoje,
estes espaços fazem uma diferença enorme em nossa vida. Comparo também com
minhas amigas na mesma situação, porém que moram em casa – a diferença que
existe, em que os filhos não usufruem da mesma autonomia e socialização.
Então,
se você está nesse estágio, avalie todas as alternativas pensando não só no
momento atual, mas em todas as fases de seu filho. Pois a melhor qualidade de vida
para ele refletirá em todos a sua volta.
Boas escolhas!