segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Meu bebê chora demais. O que eu faço?

Quer ver uma mãe desesperada é se deparar com o bebê chorando sem parar e ela sem conseguir contornar a situação. Quem já não passou por isso? O choro faz parte da vida. E pior que ele não para na idade adulta, não é mesmo? Mas, voltando ao choro do bebê, a Revista Crescer publicou uma reportagem muito interessante sobre o tema. Compartilho alguns tópicos:

- Durante os primeiros meses de vida do bebê, o choro é um dos grandes motivos de angústia para o pais. Por isso, conseguir identificar o motivo da insatisfação do filho é um desafio. Mas não há motivos para desespero. Isso porque, lembre-se, o choro é a forma que o bebê encontra para se comunicar e, geralmente, traduz uma necessidade não atendida. Portanto, o segredo para acabar com o chororô é manter a calma (sim, você precisa tentar!), fazer uma lista mental dos possíveis motivos e contar com a ajuda de algumas técnicas.

Técnicas que acalmam

Você sabia que a música é uma poderosa aliada para os pais na hora de tranquilizar o filho? Isso mesmo! Um estudo da Universidade de Montreal, publicado recentemente, comprovou que bebês permanecem mais tempo calmos quando estão ouvindo música do que quando ouvem alguém falar, mesmo que essa pessoa seja a mãe ou o pai.
Os pesquisadores analisaram a reação de 30 bebês, com idades entre 6 e 9 meses, ao ouvirem cantigas turcas pela primeira vez, e ao ouvirem a fala da mãe. Quando estavam escutando a música, eles demoraram, em média, 9 minutos até ficarem com a expressão de choro, que pode ser identificada por sobrancelhas franzidas, lábios esticados e boca aberta. Já, quando a mãe conversava com eles, o tempo médio para os bebês começarem a demonstrar sinais de aflição foi de 4 minutos.
As mães também cantaram cantigas para os bebês em sua língua materna, no caso o francês, e o efeito calmante continuou presente. Os pesquisadores concluíram, então, que, para acalmar o bebê por meio da música, basta a mãe cantar em voz baixa e escolher uma canção tranquila para o repertório. Para as que preferem não cantar, pode lançar mão de cantigas gravadas.
Outro dado apontado pelo cientistas foi de que as músicas mais eficientes para acalmar o filho são aquelas com muitas rimas e estruturas parecidas. Isso porque, acreditam, elas preenchem um desejo inato de simplicidade e repetição. Além de cantar, outras técnicas como embalar e passear com o bebê no colo pela casa podem ajudá-lo a se distrair.
Chorar é normal

Portanto, respire fundo antes de se debulhar em lágrimas também. A consciência de que o choro é um comportamento normal e de que diversos pais também estão passando por isso ajuda nessa tarefa. De acordo com Tadeu Fernandes, presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria, mais de 20% dos pais relatam choro ou irritabilidade excessiva do bebê até completar os três meses de vida.
De acordo com o médico, existe um pico de incidência de choro na sexta semana de vida, que diminui progressivamente até a 16ª semana. “Pesquisadores já dimensionaram o tempo de choro que variou de 110 a 118 minutos por dia na 6ª semana a 72 minutos de choro ao dia após a 10ª semana de vida”, afirma o pediatra. Para Sheila Kitzinger, antrópologa e autora do livro A Experiência do Parto, essa redução do chororô acontece nessa idade porque os bebês começam a conseguir segurar objetos e a brincar com eles, então não choram mais com tanta frequência por tédio ou frustração.

Então, mamães, uma boa dica é começar  a ensaiar canções para o bebê. Em época de “The Voice”, quem sabe possa surgir aí uma nova modalidade? 

Forte abraço!


(Fonte: Revista Crescer)