Mamães de primeira viagem: exigentes demais?

Um comercial de TV destacou: “quando nasce um bebê, nasce também uma mãe, um pai”. Essa é uma realidade. O primeiro filho traz consigo uma série de mudanças e transformações. Já destaquei em outros artigos do gênero, mas o assunto nunca se esgotará, tamanha relevância. 

A primeira gravidez vem cercada de muita expectativa, anseios, dúvidas, com muitas perguntas e várias respostas. Nunca esqueço de que, ao ir ao banco de leite para ajudarem na amamentação, pois apresentava sérias dificuldades, a sábia enfermeira, já de cabelos brancos comentou: “Você sabia que uma menina de 15 anos, que se torna mãe, apresenta mais facilidade de amamentar do que uma mulher de 30, como você?  Ao ver meu ar de surpresa, continuou. –“ É que ela brincou de boneca até pouco tempo e não carrega o peso de tanta responsabilidade”, destacou. Como isso é verdade. 

As mulheres estão sendo mãe cada vez mais tarde, ou seja, são mais maduras, conquistaram seu espaço na vida profissional e pessoal, e têm mais medo de errar. Se tornam mais exigentes, cautelosas e até inseguras por isso. Algumas chegam a desenvolver a “síndrome da mãe perfeita”, o que não é salutar. 

Segundo  a antropóloga Gilda de Castro Rodrigues, autora do livro “O Dilema da Maternidade” (Editora Annablume), há muitos aspectos positivos trazidos pela maternidade. Mas um negativo pode ser crucial: a patrulha social. “A sociedade fica vigilante para qualificar as mães como boas ou ruins, e isso causa uma enorme angústia”.

Então, vai aí a dica de uma sábia amiga minha, mãe de duas filhas, hoje já avó, que me acompanhou na Maternidade quando meu filho nasceu: “O filho é seu e você tem todo direito de errar, pois é errando que se aprende...

Curta cada fase do bebê, sem culpa! Afinal, ele vai crescer e você também!