sábado, 13 de setembro de 2014

Células-tronco do cordão umbilical





A última pesquisa da Clínica Materno Fetal abordou o uso de células tronco. 21,05% dos pacientes responderam que não tem conhecimento do uso, 73,68% disseram que sim e apenas 5,26% que nunca ouviram falar.

O assunto é relativamente novo entre as mães, porém na medicina vem sendo pesquisado há muito tempo.  A decisão de congelar o sangue do cordão do bebê para poder curá-lo no futuro não é tão fácil. Se quiser, ainda antes do parto, você deve optar entre doá-lo ao banco público ou guardar no particular. 

No privado, paga-se caro, cerca de 4 mil reais. Mas muitos pais consideram esse um grande investimento. No entanto, há opções para famílias que não querem ou não podem desembolsar essa quantia. No banco público é de graça, mas são poucas as maternidades ligadas a ele e o estoque ainda é pequeno – o que dificulta as chances de compatibilidade caso seu filho precise.

Mas qual a razão de nos preocuparmos tanto com algo que antes era simplesmente descartado? Porque o cordão tem células-tronco que podem ajudar a tratar doenças graves de origem sanguínea, como a leucemia. Comparadas às células embrionárias, as do cordão são limitadas – enquanto as primeiras têm potencial para se transformar em diversos tipos de células e tecidos do organismo, as segundas geram apenas a espécie de que se originam, isto é, sangue. O problema das embrionárias é a discussão ética que as envolve – tem quem as considere um ser humano.

Atualmente congela-se o sangue do cordão umbilical, que tem o mesmo potencial terapêutico da medula óssea, ou seja, trata doenças relacionadas a cânceres no sangue (onco-hematológicas). Ele é rico em células-tronco adultas e tem inúmeras vantagens de uso – inclusive estima-se que tenham substituído um terço dos transplantes de medula óssea. O processo para retirar o sangue do cordão é indolor e não apresenta nenhum risco para a mãe ou para o bebê. Como são células novas, não foram expostas a agentes externos como radiação, poluição, infecções etc. 

No caso de um transplante, as chances de rejeição são menores. Também é mais fácil encontrar um doador compatível. Encontra-se uma medula óssea compatível a cada 20 mil amostras. No caso do sangue do cordão, esse número cai para um a cada 4 mil.

Fonte: Pediatria em Foco

Nenhum comentário:

Postar um comentário