quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

MICROCEFALIA




Microcefalia: a epidemia é causada por um vírus que afeta 
o crescimento do cérebro

 
Diante das inúmeras notícias falando sobre o tema, muitas gestantes têm mostrado preocupação.

O Ministério da Saúde reconheceu que estamos vivendo uma epidemia. Isso se deve ao acentuado número de fetos e neonatos com microcefalia, observados especialmente no nordeste do país, mas atingindo também o centro-oeste, superando 1200 casos.

A Sociedade Brasileira de Ultrassonografia (SBUS) e a Rede Fetal Brasileira (RFB) estão alertando para o fato de estarmos enfrentando, na verdade, uma epidemia de uma doença infectocontagiosa, causada por um vírus que ataca principalmente o cérebro (sistema nervoso central). 

Os exames de imagem, especialmente a ultrassonografia, mostram uma acentuada destruição do sistema nervoso dos bebês acometidos. O que causa a microcefalia seria a inflamação do cérebro, levando a destruição deste órgão em formação. A lesão destrutiva do cérebro leva a um crescimento inadequado e, esta falta de crescimento, não estimula o crescimento dos ossos do crânio. A microcefalia, que significa cabeça pequena, é o que medimos na ultrassonografia e no recém-nascido, pois a redução do perímetro cefálico reflete a redução do
tamanho do cérebro.

O ministério da saúde já confirmou a associação entre o Zika vírus e a microcefalia e há uma concentração de esforços da comunidade médica para confirmar qual a sua agressividade e qual o seu impacto nos diferentes períodos da gestação. Os casos graves parecem ocorrer quando a infecção das gestantes ocorre no primeiro trimestre de gravidez.

Há ainda a suspeita que de que o vírus possa também atingir de forma grave outros grupos de seres humanos, incluindo adultos. Dessa forma, precisamos estar atentos, pois enfrentamos uma epidemia sim, mas não se trata apenas de um surto ou epidemia de uma malformação isolada, já que a microcefalia é o resultado da destruição do tecido nervoso, causada por esse agente infeccioso.

A relativa baixa velocidade de disseminação, mas crescente, da doença para outras regiões do país se deve à forma de contagio através da picada do mosquito, que é o mesmo que transmite a Dengue.

Assinalamos que através da ultrassonografia, realizada idealmente por um especialista em Medicina Fetal, podem ser identificados sinais ultrassonográficos do comprometimento fetal. Devido ao aparecimento tardio, nos casos relatados até o momento, sugere-se especial atenção no ultrassom de terceiro trimestre.

Por hora, recomendamos a todos, particularmente às grávidas, que evitem a exposição a picada do mosquito. Gestantes que apresente lesões vermelhas pelo corpo, com coceira, devem procurar seu médico obstetra para orientação.

Como não há tratamento ou vacina contra a doença o mais importante é o combate ao vetor, o mosquito Aedes, e todos devemos nos tornar agentes de saúde neste combate!

Você já olhou a sua casa hoje em busca de agua parada? A caixa d’agua está tampada? Os vasinhos de planta sem água? As lajes e calhas estão secas? Ou há entupimento de canos e a agua está parada? Alerte familiares e vizinhos sobre estas medidas. Isso e o que podemos e devemos fazer já!

Fonte: Rede Fetal Brasileira

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