segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

DEVO DEIXAR MEU BEBÊ USAR ANDADOR?




Quando meu filho tinha sete meses, ganhei um andador e experimentamos juntos o “brinquedinho”. Ele gostou e, confesso, eu também. Enzo ficava horas andando pra lá e pra cá e era uma liberdade para todos. Mas, fiquei preocupada porque com um ano e dois meses, meu garoto ainda não andava sozinho. Daí as mamães mais experientes diziam que era por causa do andador. Por alívio, com um ano e três meses, Enzo levantou e andou como um homenzinho. Compartilho esta história,  pois hoje divulgaram uma reportagem interessante na Folha de São Paulo, que vale a pena as mamães lerem também.

PEDIATRAS FAZEM CAMPANHA PARA ABOLIR ANDANDORES DE BEBÊ

Jairo Marques - São Paulo

A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), que congrega 16 mil profissionais de todo o país, iniciou neste mês campanha nacional para abolir os andadores de bebês.

A entidade afirma que o equipamento é inútil para o desenvolvimento da marcha de bebês e que seu uso pode causar acidentes sérios como traumas no crânio chegando até a levar a morte.

Os médicos dizem que o andador dá uma mobilidade inadequada para a etapa de vida dos bebês e que, com seu uso, eles podem se aproximar de fogões, piscinas e produtos tóxicos.

O aparelho pode também deixar de estimular certos músculos, o que vai atrasar os primeiros passos, segundos os médicos.
Há 15 dias, em Jequié (BA), um bebê de nove meses caiu com um andador de uma escada com cerca de dez degraus. Ele morreu antes mesmo de chegar ao hospital devido a uma fratura cervical.
"O intuito é acabar com a recomendação do uso do andador. Acabar com a fabricação, só o Canadá conseguiu. O médico é uma autoridade de saúde dentro da família e pode conscientizar sobre esse utensílio que não tem vantagem nenhuma e leva risco para dentro de casa", disse o pediatra Danilo Blank, do Departamento Científico da SBP

Os dados que norteiam as ações da SBP são da Academia Americana de Pediatria que apontam dez atendimentos nos serviços de emergência para cada mil crianças com menos de um ano de idade, provocados por acidentes com andador, todos os anos. Em um terço dos casos, as lesões são graves, geralmente fraturas ou traumas.

Em grandes redes de varejo do país e em lojas de brinquedos é possível encontrar o equipamento à venda.

A Abrapur (Associação Brasileira de Produtos Infantis) diz que tentar proibir andadores é um "retrocesso" e defende a criação de uma regulamentação para a venda.

Nesta semana, a diretoria da SBP se reúne com o Inmetro para discutir a questão.
"Andadores são usados na melhor das intenções em quem ainda não está com seu desenvolvimento neuropsicomotor habilitado para andar. Quando a criança estiver pronta, vai fazê-lo naturalmente", declarou Eduardo da Silva Vaz, presidente da SBP.


No site www.conversandocomopediatra.com.br, da SBP, pais podem tirar suas dúvidas sobre andadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário