Não existe desafio maior do que educar filhos. Até porque, quando nascem, ninguém apresenta um “manual completo” dizendo o que se deve ou não fazer. Em nossa jornada como pais, eu e meu esposo, marinheiros de primeira viagem, fomos à busca de conhecimento para saber por onde deveríamos começar e... continuar.
Buscamos informações com famílias mais experientes, profissionais da educação, pastores, livros, amigos e sempre ficamos “antenados” nos exemplos ao nosso redor, portanto, fomos à luta e ainda continuamos todos os dias. Mas, nessa busca incansável nos deparamos com uma realidade reveladora. Por trás de cada criança problemática, há pais problemáticos, ou seja, pais que não estão desempenhando seus papéis como deveriam. Pais que “abandonam” seus filhos porque consideram a vida profissional mais importante.
Pais que não dedicam tempo + atenção = afeto, pois todos os outros afazeres são mais “urgentes”. Pais que delegam à babá ou à escola a missão de educar, como se “pagar mensalidade em dia” lhe desse garantia para isso.
Pais que nunca sentaram para ouvir as ansiedades e sonhos dos filhos. Todos os dias, chegam até nós e-mails, pedido de ajuda de pais desesperados porque não estão dando conta de filhos adolescentes – alguns só perceberam que eles cresceram – quando a tormenta chegou com força derrubando tudo. Por isso, um alerta: “Filhos com problemas, tratem os pais”.
Toda vez que meu filho apresenta um comportamento estranho (tirando o sono e a fome, que toda mãe sabe que é um alerta), pergunto a mim mesma: “o que foi que aconteceu conosco para Enzo estar agindo assim?”- e, é óbvio, a resposta sempre aparece.
Se quiser uma prova do que estou escrevendo, fale com alguma professora ou diretora de escola sobre os alunos problemáticos. E elas responderão que por trás deles há sempre pais com problemas.
A criança é o reflexo dos pais, então, elas sempre retribuirão aquilo que recebem e quando não recebem – como é o caso de carinho, abraço, afeição – estarão sempre querendo aprontar para “chamar a atenção” e daí passam a receber todos os “apelidos” e “adjetivos” que já conhecemos e são discriminadas por serem “levadas” demais. Também chegam ao ponto de usar estratégias para ganhar o que necessitam, como ficar doente, por exemplo. O filho adoece, pois assim terá certeza de que seus pais estarão presentes.
Então, se você é pai/mãe, avalie o relacionamento com seus filhos. Você tem que fazer a sua parte. A missão de ter filhos envolve tempo, responsabilidade, atenção, carinho, dedicação e amor. Não delegue aos outros, a tarefa que é sua. Ninguém pode e deve assumir o papel que é somente seu. Se você não levar isso “a sério”, as consequências serão inevitáveis. Repito: “Filhos com problemas, tratem os pais”, enquanto há tempo...
Beijos da Mamãe Scheila
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