terça-feira, 16 de agosto de 2011

O que fazer com tanta visita?

Julia fez a mala, está indo para a Maternidade para ter o seu primeiro filho e seu esposo começa a ligar para “todo mundo”, avisando que o grande herdeiro vai nascer. Quando ela está se preparando para entrar na sala de cirurgia, seu quarto já está cheio de gente. Mãe, pai, sogro sogra, madrinha, cunhada, cabeleireira, vizinha. Mal dá para caminhar, tamanho movimento.  Aí, Júlia pensa sozinha. “Meu Deus, a hora que eu voltar, vai ser aquele alvoroço” e começa a se desesperar. Dito e feito. Tudo ocorreu bem durante o parto e quando volta para o quarto, com aquele lindo bebê debruçado em seu peito vê todos em cima, querendo bater fotos, filmar,  pegar no colo, ver a novidade. E Júlia, toda dolorida, um pouco “tonta”, se desespera e começa a chorar, afinal de contas, aquele momento é muito especial e sublime, que o agito acaba tirando o brilho. Vendo as lágrimas, seu esposo pensa que é de emoção, mas Julia queria mesmo era gritar: “Ei, parem, é meu filho, quero ficar a sós com ele e com meu marido”! Quando ela consegue balbuciar. “Por favor, querido, peça silêncio e deixe apenas duas pessoas de cada vez entrar aqui”. Foi então que João percebeu o estresse que estavam causando em sua amada e pediu que todos se retirassem, restando apenas ele, ela e o lindo bebezinho, que nessas alturas, já arregalava os olhos para ver o que estava acontecendo.


Esta história ilustra bem a realidade dentro das maternidades, hoje em dia. Afinal de contas quando devo receber visitas? Como devo me comportar perante elas?
Nunca esqueço, já no início de minha gravidez, quando meu médico (que por sinal é o Dr. Luiz Miguel) orientou-me quanto à questão. “Scheila, se você puder, limite o número de visitas, pois os momentos após o parto  devem ser tranqüilos, vividos em família, sem muita agitação, pois tudo é muito novo. Acatei o seu conselho e avisei a todos os amigos que não iria receber visitas na maternidade, somente de familiares e pessoas muito próximas. Alguns não gostaram, mas expliquei que aquele momento era de adaptação e que não iria conseguir dividir a atenção, tendo um bebê dependendo de mim. Foi o que fiz e não me arrependo até hoje. Controlei as visitas na maternidade e só recebi em casa depois de 15 dias, quando “as coisas” já estavam mais em ordem. Afinal de contas  só quem é mãe de primeira viagem, sabe o que é dar de mamar de duas em duas horas, passar a noite acordada e ter que estar bem no dia seguinte para receber os amigos.

Mas, a dica de hoje é esta. Não se preocupe em agradar os outros. Saiba dizer “não”, quando é para dizer “não” e sim quando é para dizer “sim”. A prioridade número um é seu filho e sua família. Vocês devem estar bem e curtir esta fase de adaptação, que pode até não ser fácil, mas também é prazerosa. Limite o número de visitas. Peça para que ninguém apareça sem avisar e curta esta fase com intensidade, sem medo de ser feliz!

Um abraço da mamãe Scheila

2 comentários:

  1. Cláudia Prates (Revista Educar)19 de agosto de 2011 às 06:44

    Adorei o seu blog, Scheila, parabéns! Bjs,

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  2. Obrigada, Claudia. Mande notícias da Educar para publicar.

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